sexta-feira, 13 de maio de 2011

Química Moderna: Da metade do século XX até hoje

                                                  Bolsista: Leidiane Rodrigues Rosa

        Entre os séculos III a.C. e o século XVI d.C a química estava dominada pela alquimia. Na investigação alquímica desenvolveram-se novos produtos químicos e métodos para a separação de elementos químicos. Deste modo foram-se assentando os pilares básicos para o desenvolvimento de uma futura química experimental.
       Antoine Lavoisier é considerado o pai da química moderna. A química, como é conhecida atualmente, começa a desenvolver-se entre os séculos XVI e  XVII. Nesta época estudou-se o comportamento e propriedades dos gases estabelecendo-se técnicas de medição. Pouco a pouco se foi desenvolvendo e refinando o conceito de elemento como uma substância elementar que não podia ser descomposto em outras. Também esta época desenvolveu-se a teoria do flogisto para explicar os processos de combustão. As teses de Lavoisier, deram aos químicos a primeira compreensão sólida sobre a natureza das reações químicas. O trabalho de Lavoisier levou um professor inglês chamado John Dalton a formular a teoria atômica. Pela mesma época, um químico italiano chamado Amedeo Avogadro formulou sua própria teoria (A Lei de Avogadro), concernente a moléculas e suas relações com temperatura e pressão.
        Por volta do século XVIII a química adquire definitivamente as características de uma ciência experimental. Desenvolvem-se métodos de medição cuidadosos que permitem um melhor conhecimento de alguns fenômenos, como o da combustão da matéria, descobrindo Antoine Lavoisier o oxigênio e assentando finalmente os pilares fundamentais da química moderna.

                              O vitalismo e o começo da química orgânica

     Friedrich WöhlerTão cedo se compreendessem os princípios da combustão, outro debate de grande importância apoderou-se da química: o vitalismo e a distinção essencial entre a matéria orgânica e inorgânica.
      Friedrich Wöhler descobriu acidentalmente como se podia sintetizar a uréia a partir do cianato de amônio, em 1828, mostrando que a matéria orgânica podia criar-se de maneira química. No entanto, ainda hoje se mantém a classificação em química orgânica e inorgânica, ocupando-se a primeira essencialmente dos compostos do carbono e a segunda dos compostos dos demais elementos.
       Até a Segunda Guerra Mundial a principal matéria-prima da indústria química orgânica era o carvão, dada a grande importância da Europa no desenvolvimento desta parte da ciência e o fato de que em Europa não há grandes jazigos de alternativas como o petróleo.
Com o final da segunda guerra mundial e o crescente peso dos Estados Unidos no sector químico, a química orgânica clássica se converte cada vez mais na petroquímica que conhecemos hoje. Uma das principais razões era a maior facilidade de transformação e a grande variedade de produtos derivados do petróleo. Estes e outros avanços criaram muitos ramos distintos na química, que incluem,: bioquímica, química nuclear, engenharia química e química orgânica. Nos séculos XVIII e XIX , os trabalhos de Lavoisier, Berzelius, Gay-Lussac, Dalton, Wöhler, Avogadro, Berthelot, Kekulé e tantos outros deram origem à chamada Química Clássica . No século XX , com o grande avanço tecnológico, presenciou-se uma vertiginosa evolução do conhecimento químico. Modernas técnicas de investigação foram desenvolvidas, utilizando conceitos de Química, Física, Matemática, Computação e Eletrônica.
        A Química tornou-se, então, uma Ciência, que acompanhou todas as etapas da evolução da cultura humana, mas ainda hoje é considerada por muitos como um produto de magia.

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